sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Na verdade,

na parceria amorosa como em tudo o mais recomeçamos tudo todos os dias. Então podemos tentar começar diferentes também aqui e agora. O cotidiano conforta, os seus pequenos rituais são os marcos de nossa vida mais segura, mas também traz desencanto e monotonia.
Precisamos de criatividade num relacionamento amoroso, dizem. O problema é que quando se fala em “criatividade” numa relação a maioria pensa logo em inovações no sexo, como se a solução estivesse em novas posições, outro perfume, artifícios exóticos.
Transar bem é resultado, não meio. Como deveriam ser os filhos: fruto de um afeto vivo, não instrumento para consertar o que está falido.
Passada a primeira fase de paixão(desculpem mas ela passa, o que não significa tédio nem fim de tesão), a gente começa a amar de outro jeito. Ou a amar melhor; ou: aí é que a gente começa a amar, a querer bem; a apreciar; a respeitar; a valorizar; a mimar; a sentir falta; a conceder espaço; a querer que o outro cresça e não fique grudado na gente.
“Se você ama alguém, deixe-o livre”, estava escrito no bilhetinho que foi um dos maiores presentes que me deu alguém entre tantos muitos outros bens.
Um pouco de lucidez e um bocado de maturidade(ah, que boa coisa, o tempo) há de mostrar se – e o quê – pode ser ainda conquistado a dois.

Stan Wayman
Lya Luft
Elizabeth Morris - Con toda palabra

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