quinta-feira, 28 de abril de 2016

Acredito

 - vejam bem: é uma suposição - que o que mais
me interessa é a liberdade do homem, a libertação de cada homem das
travas, das redes, dos convencionalismos morais e sociais em que acredita,
ou melhor, em que pensa acreditar e que o angustiam, o limitam,
fazem-no parecer menor, e até mais malvado. Se quiserem colocar-me, a todo
custo, uma bandeira, uma bandeira pedagógica, resumam-na  neste lema:
ser o que se é, quer dizer, descobrirmo-nos a nós mesmos para poder amar a vida.
A vida para mim, com todas as suas dores e tragédias, é bela, me agrada,
me diverte, me comove. Faço o possível para que também os demais possam
compartilhar meu modo de sentir.

Gjon Mili de 1948
Fellini

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