quarta-feira, 23 de setembro de 2015

“Em certos momentos

não é o amor que nos salva”, me dizia um amigo, “ é o humor”.
O bom humor é uma qualidade atraente e uma atitude sábia.
Não se trata de sarcasmo, de divertir-se à custa dos outros, mas de rir de si mesmo na hora certa, respeitar-se e amar-se, mas não se julgar sempre injustiçado e agredido.
Pode ser um último recurso: “Ou tento sorrir, até de mim mesma, ou corto os pulsos”, me disse alguém com razões para se desesperar. E sorriu para mim, como quem diz: eu vou conseguir, a gente vai conseguir, afinal vale a pena.
Não posso fazer piada quando perco um amante ou amigo, quando descubro que estou doente ou fico sem meu emprego. Bom humor não significa piadas: é o sorriso afetuoso, o silêncio carinhoso, o colo acolhedor aberto ao outro e para mim mesma.
Nossa evolução, as imposições do nosso grupo e cultura, nossos próprios fantasmas, exigem muita energia, vontade e uma pitada de bom humor para serem domados – e não nos devorar sem cerimônia e sem compaixão.

Isadora Duncan, dançando junto ao mar.
Lya Luft

The Blues Brothers  Everybody Needs Somebody

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