sexta-feira, 24 de maio de 2013

Estou Viva

Como dói ver que coisas tuas somem. De repente procuro um livro e não o encontro mais, andando pela sala, paro e olho pra cristaleira e sinto que alguma coisa está fora da ordem, percebo que faltam 2 copos de cada jogo de taças, no jogo de chá faltam 2 xícaras, faço uma salada e quando procuro o pegador dela, cadê?!! , aquele par de meias, que você não tinha usado, viajou, e o inverno não se fazia presente onde você estaria, pronto, não tá mais lá, e várias outras coisitas mais.

Não consigo deixar no verbo de quando aconteceu, seguido me deparo com coisas que procuro e não acho, talvez nem tudo que falte aqui em casa tenha sido ela a roubar, mas se só eu moro aqui e ela era a única que tinha a chave da minha casa(confiança leva você a dar a chave da tua casa pra outra pessoa), penso, só pode ter sido ela.
Pobre de alguém que precisa se apossar do que não é seu pra poder ter.
Não tinha empregada, tinha faxineira, agora não tenho mais.
Tá difícil confiar de novo.
Daí, percebo que este fato não é único, não perdi só coisas matérias, é mais fácil ilustrar, por ser objetos, como sempre se diz, se alguma coisa teima em bater várias vezes a tua porta, pare e preste atenção no que realmente aquilo está te dizendo.
Agora sei por que ainda não tinha liberado e deixado de lado as coisas que se foram, eu precisava ver o não valor que dei pras minhas conquistas até aqui.
Quando alguns meses atrás, parei e olhei em volta e nada do que tinha construído eu queria, desprezei tudo, não separei o que não gostava mais do que tinha real valor. Por este período deixei comigo só os sintomas ruins dos meus atos, alimentando eles diariamente, veio o peso, ficou complicado retomar a vida, afinal nada é bom, pensava eu.
A caminhada recomeça, to no primeiro degrau deste retorno.







Imagens: Internet Google
Video/Música: Hannah Trigwell - Hallelujah

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