quinta-feira, 11 de abril de 2013

É um tapa na cara das mulheres a punição de mentirinha imposta ao goleiro Bruno.




Antes capitão adorado do Flamengo, hoje Bruno é mais um ídolo dos assassinos covardes e cínicos. A condenação esperada para o homicídio, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio era de 28 a 30 anos de prisão. A sentença final, de 22 anos e três meses, seria condizente com o crime hediondo se fosse toda cumprida. Mas a lei brasileira - ah, a lei... - pode deixar Bruno livre, leve e solto para churrascos e peladas daqui a menos de três anos. Quem sabe um contrato com um clube?
A confissão tardia reduziu a pena. O trabalho e o bom comportamento na cela livrarão Bruno do cárcere com pouco mais de 30 anos de idade. Ele, que deu festão no dia seguinte ao homicídio, posou de triste e acabrunhado para o país no julgamento da semana passada. Durante anos, repetiu que não havia crime: "Torço para que ela possa aparecer viva". Agora, orientado pela defesa, confirmou que sabia de tudo: "Eu sabia e imaginava". Bruno "imaginava" que a ex-amante e mãe de seu filho Bruninho seria sequestrada, enforcada, esquartejada e jogada aos cães?
A sentença for proferida na madrugada do Dia Internacional da Mulher. Não sou fã de datas especiais para "minorias" - ainda mais porque somos maioria. Mas admito que o 8 de março seja um bom pretexto para examinar estatísticas globais de emprego, salário, jornada dupla e violência contra a mulher, como agressões, espancamentos, estupros e assassinatos.



Parte do texto: Revista Época - Ruth de Aquino
Imagens Internet Google e Bing
Vídeo/Música Mamonas Assassinas  Débil Metal

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