quinta-feira, 28 de junho de 2012

A maturidade me ensinou coisas boas

   
e belas(nem sempre aprendi bem a lição). espero que a velhice, quando chegar, me ensine ainda mais, e me encontre mais receptiva.
Reaprendi algo da infância que havia esquecido nas correrias com família e profissão. Como todas as crianças - se não as estorvarmos demais -, eu gostava de ficar sozinha, quieta e totalmente feliz olhando figuras de um livro, escutando o vento e a chuva ou as vozes da casa.
Passamos a temer a solidão em adultos, talvez porque a sentimos como isolamento, esse que também ocorre numa casa habitada. Vamos perdendo capacidade de sermos integrados com o universo, mesmo o minúsculo universo de um pedaço de jardim ou quarto de criança. E nos privamos do necessário recolhimento que algumas vezes nos reabasteceria com o combustível da reflexão, do silêncio e do sentimento mais natural das coisas.
Nesta casa de agora, afetos essenciais me povoam. Não há isolamento.

Lya Luft
Bebel Gilberto - Simplesmente

2 comentários:

  1. Respostas
    1. obrigado Pablo.
      bonitas e de um singelo são as tuas.
      estes dias a olhar fiquei pensando, como deve ser tranquilo você, pegar aqueles momentos dos pássaros, deve ficar horas esperando. bela profissão e bela escolha a tua.
      parabéns.
      maria

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